quinta-feira, 29 de julho de 2010

Planescape Torment





Se você gosta de RPGs eletrônicos, esse é o jogo que você não jogou - mas que devia ter jogado. Planescape Torment é mais um jogo criado pela Black Isle Studios (criadora de outros jogos como Baldur's Gate, Fallout e Icewind Dale) e é, sem dúvida alguma, um dos melhores jogos já criados. Com um estilo de trama inédito - e nunca igualado, mesmo sendo um jogo de 1999 -, Planescape atraiu a grande maioria de jogadores hardcore do estilo, sendo que muitos destes consideram Planescape o melhor jogo de todos os tempos.

Plot (Trama):
Você (The Nameless One) começa o jogo acordando em um necrotério, sem memória alguma de quem é ou o que está fazendo ali, e logo depois encontra um crânio flutuante chamado Morte que se oferece para ajudar e lê para você as tatuagens em suas costas. Você acaba descobrindo que é um tipo de ser imortal que morre, mas levanta tempo depois - um ciclo que acontece por sabe-se lá quantos milhares de anos. Então começa a busca para desvendar seu passado e descobrir uma forma de chegar a "morte verdadeira". A história é bem "dark" com clima pesado, mas com um toque de comédia vindo de alguns persoangens (principalmente Morte e Annah).

O mundo:
Em Planescape Torment, o jogador terá a possibilidade de visitar planos diferentes - apesar de isso não acontecer muito. O jogo começa na cidade de Sigil, que conecta planos por uma série de portais, e é controlada por um grande número de facções diferentes que controlam diferentes partes da cidade, "The Nameless One" pode se juntar a algumas destas facções.

Gameplay:
As regras do jogo são baseados em Advanced Dungeons & Dragons, o Nameless One começa o jogo como um Fighter, podendo mudar sua classe para Thief ou Mage no decorrer do jogo. Você pode recrutar um total de sete outros personagens para seu grupo, mas apenas cinco podem lhe acompanhar. O jogo se baseia muito no diálogo (mais do que em combate), dando a possibilidade de evitar a maioria dos confrontos pelo mesmo, ou não - tudo depende de suas escolhas.

Gráficos:
Excelentes para época, considerando é um jogo de 1999. Os gráficos ambientam muito bem o jogo. Claro que jogadores mais novos ou "graphic whores" podem ter dificuldades em aceitar jogar Planescape, já que realmente tem gráficos considerados bem abaixo do visto hoje em dia.

Trilha Sonora, Som e Dublagem:
A trilha sonora de Planescape é não é o grande foco do jogo, mas é utilizada corretamente e ambienta o local perfeitamente. Os efeitos sonoros do jogo são perfeitos, quando você está em um local vai soar como o local. A dublagem também é muito boa, realizada por dubladores famosos como Dan Castellaneta, Mitch Pileggi, Sheena Easton, Michael Weiss e outros.

Finalizando: Este jogo é único e merece a atenção dos jogadores de RPG eletrônico que ainda não tiveram a oportunidade de desfrutar do imenso universo que é Planescape Torment. Infelizmente o jogo é cheio de bugs, mas felizmente todos foram corrigidos pela staff do jogo e fãs, então antes de começar a jogar procure pelos patch que são facilemente encotrados pela net.

Esse é o meu primeiro review, espero ter sido bem claro e que meu review faça com que você considere Planescape Torment um dos seus próximos jogos a jogar.

Intro do jogo: http://www.youtube.com/watch?v=mgqX82-HRYE

Gameplay Video: http://www.youtube.com/watch?v=mepQHWgPwB8

quarta-feira, 28 de julho de 2010

20th Century boys




20th century boys foi um dos (se é que se pode considerar assim) Live actions mais bem produzidos que vi até agora. A história é surpreendente, cheia de reviravoltas – que para quem já leu o mangá, não são novidades – e Rock’n’roll. 
Existem três filmes da série. Os dois primeiros são muito bons, e o terceiro achei que caiu um pouco  a qualidade da história. Principalmente, não gostei muito do final, mas é normal que em algum ponto a coisa tinha de desandar um pouco, afinal, três filmes é pouco para todo o conteúdo, que já foi resumido a ponto de ter uma discrepância entre ele e o mangá, com omissões de fatos que até seriam importantes para a conclusão da trama. Mas para quem não leu, não faz diferença, porque quando você acha que entendeu...BAM! Não era aquilo! E é isso o que o torna difícil de resistir aos outros filmes da série, porque você vai querer saber o que realmente aconteceu. E a montoeira de gente pra ficar lembrando o nome,dá margem aos queridos flashbacks, que consomem bastante tempo do filme também.
A trilha sonora é boa, os personagens são fiéis ao desenho e a trama é de tirar o fôlego, mesmo com discrepâncias ao mangá. Então se você curte Rock e uma boa história que visa o extermínio da raça humana, você não pode perder essa trilogia!
No geral, nota 9,5 para ele e nota 10 para o querido hino de toda a trama:Guta lala, Suda lala!


segunda-feira, 26 de julho de 2010

Filhos de Anansi - Aranhas e Trapaças


Desculpem pelo clichê mas, Neil Gaiman é um cara que dispensa apresentações. Qualquer forma de mídia atual tem pelo menos uma grande obra dele. Quadrinhos com Sandman e 1602; televisão com a série Neverwhere; cinema com Coraline e Stardust; e livros com Deuses Americanos. Com tantos bons trabalhos no currículo, chega a ser difícil escolher um só para eu comentar aqui. Mas eu quero dar uma olhada no último livro dele que li, “Filhos de Anansi”.

Nesse livro nós acompanhamos a história de “Fat” Charlie Nancy, um cara londrino extremamente comum, até chato e desinteressante. Ele está preparando seu casamento quando recebe a notícia da morte do seu pai, o Sr. Nancy. Charlie acha difícil aceitar isso no início, mas depois de ir ao enterro e conversar com velhas amigas e vizinhas da família ele descobre a verdade: seu pai era Anansi, o Deus-Aranha das trapaças. Além disso, ele também descobre sobre Spider, um irmão que foi separado dele na infância e é tudo que Fat Charlie nunca foi. Depois dessa introdução o livro mostra como a vida comum de Charlie vai pro espaço graças aos acontecimentos sobrenaturais que começaram a cair na cabeça dele, muitos causados por Spider. Até que chega uma hora em que Charlie não agüenta mais e decide pedir para outros Deuses antigos darem um basta em seu irmão.

Isso é mais ou menos um terço do livro. Depois disso a história começa a enlouquecer (no bom sentido). Investigações policiais, assassinatos, vinganças folclóricas, pássaros malucos e até mesmo uma mãe ranzinza entram na história que, como na maioria das obras de Neil Gaiman, é imprevisível e impossível de se adivinhar mas ótima de se acompanhar. Na minha opinião, “Filhos de Anansi” é uma das melhores coisas já escritas por Neil Gaiman, de filmes a quadrinhos. Compre, leia, guarde na sua coleção e conte para outras pessoas, porque todas as boas histórias merecem ser espalhadas.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Red Dead Redemption - Spaghetti no videogame


Sempre fui fascinado com a idéia do "Velho Oeste", desde pequeno assistia à filmes e lia livros sobre o assunto. Uma das maiores frustações da minha vida é saber que um período tão foda da história e um gênero foda de filmes e livros não é tão "apreciado" aqui no Brasil. Por isso que, para começar a minha coluna de games nesse blog, vou falar desse que é, na minha opinião, o melhor jogo de 2010: Red Dead Redemption.

Visual:
Antes de qualquer análise, o visual já merece uma nota 10 por conseguir me transportar para o Velho Oeste. A ambientação é tão maravilhosa que eu parei mais de uma vez para apreciar o cenário. Do por do sol nas montanhas até as cidades durante a noite. Mas falando do gráfico nos personagens, o do jogo não é muito diferente do que pode ser visto na maioria dos jogos de hoje.

Roteiro/Enredo:
Não vou falar de nada que acontece depois da MARAVILHOSA abertura, podem ficar tranqüilos. Logo na apresentação já temos uma cena espetacular, mostrando todo o carinho que a Rockstar teve pelo jogo. Diálogos que poderiam estar em um filme do gênero, contexto histórico bem aplicado e personagens muito bem animados colocam o jogador na expectativa do que está por vir. E essa expectativa é correspondida de forma magistral, com uma história que cresce gradativamente, mostrando uma evolução da trama, do personagem e de tudo que o cerca.

Gameplay/Mecânica de Jogo:
Esse é o ponto principal de Red Dead Redemption, como o jogo funciona. A maior preocupação de muitas pessoas (inclusive eu) era esse jogo ser só um GTA no velho oeste, mas esse é exatamente um dos grandes pontos positivos. A Rockstar San Diego conseguiu transportar toda a diversão de GTA para um ambiente novo. Jogabilidade aberta, missões principais, missões secundárias, mini games divertidos e até mesmo desafios para você fazer se não quiser seguir com a história. Eu me diverto muito trapaceando no Poker e duelando com quem percebe a trapaça.

Trilha Sonora:
Aqui está uma das minhas únicas decepções com Red Dead Redemption. Um jogo como esse merecia músicas originais de Westerns clássicos. A dupla Bill Elm e Woody Jackson fez um bom trabalho, as músicas são boas e pontuam bem a trama e os acontecimentos, mas eu senti falta de um toque clássico em alguns momentos. Músicas como Ecstasy of Gold e The Trio de Enio Morricone poderiam estar na trilha do jogo.

No geral, Red Dead Redemption é um excelente jogo para quem gosta de ação e aventura (ficou meio sessão da tarde, mas é isso mesmo). Se você é fã do gênero Western esse jogo é indispensável.

Só prá mostrar o que te espera, clique aqui e veja a fodástica introdução do jogo.